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Rússia não boicotará os Jogos de Paris, afirma chefe olímpico russo
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Foto: Maxim Shemetov / Reuters -
Pozdnyakov classificou como "ilegítimas" as condições postas pelo COI
Apesar das restrições severas impostas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) como resultado da invasão da Ucrânia pela Rússia, o Comitê Olímpico Russo (ROC) confirmou sua participação nos Jogos Olímpicos de Paris deste ano. Em declarações veiculadas pela agência de notícias estatal RIA, o presidente do ROC, Stanislav Pozdnyakov, reiterou o apoio inabalável aos atletas russos, destacando que o boicote aos Jogos nunca seria uma opção.
"Não tomaremos o caminho do boicote. Sempre apoiaremos nossos atletas", afirmou Pozdnyakov, um ex-esgrimista olímpico.
Entretanto, o presidente do ROC criticou veementemente as condições estabelecidas pelo COI, descrevendo-as como ilegítimas, injustas e inaceitáveis. O COI permitirá que atletas russos e belarussos que se qualificarem para os Jogos de Paris participem como neutros, sem representação de bandeiras, emblemas ou hinos nacionais. Além disso, esses atletas competirão apenas em esportes individuais, e equipes conjuntas dos dois países não serão permitidas. Aqueles que expressarem apoio ativo à guerra na Ucrânia ou tiverem ligações com as Forças Armadas russas ou belarussas serão considerados inelegíveis.
As críticas não se limitaram apenas ao COI. Anne Hidalgo, prefeita de Paris, expressou sua preferência para que russos e belarussos não participassem dos Jogos, destacando a realidade da situação na Ucrânia e a impossibilidade de ignorá-la.
O histórico da Rússia em boicotes e punições olímpicas foi mencionado, com referência ao apoio inicial de Vladimir Putin aos Jogos de Paris, mas com ressalvas sobre a representação do esporte russo. Esta não é a primeira vez que atletas russos enfrentam restrições em competições internacionais, sendo que já participaram de Olimpíadas anteriores sem a exibição de símbolos nacionais devido a escândalos de doping.
Este anúncio ocorre em um contexto marcado pela tensão geopolítica e pela interseção entre esporte e política, evocando memórias de boicotes durante a Guerra Fria, como o boicote dos Estados Unidos aos Jogos de Moscou de 1980 e o subsequente boicote da União Soviética aos Jogos de Los Angeles de 1984.
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